quarta-feira, outubro 27, 2010

Apenas um Obrigado.. um ou dois.

Este obrigado é diferente de qualquer outro..
Este obrigado é para partilhar com todos vós..
Este obrigado é para quem lê o nosso blog...
Não, isto não é um texto de despedida!
Apenas quero apresentar jogadores a quem devem agradecer este post.

ThankGod

ThankGod Ameafele- jogador na Nigéria, mas que passou já por Polónia e Grécia, em clubes como o PAOK. Actualmente joga no Sharks, do seu país
Tem 1, 81m e pesa 73 kg. São 73 kg de Obrigado!













Mas não se pense que este agradecimento fica só no estrangeiro. Há também por cá... e bem à português!

Bem Haja
Andrew Fontes Bem Haja, nascido na Austrália, mas que passeia o seu futebol pela Distrital de Aveiro. Com apenas 21 anos, joga agora na Liga dos Amigos de Azura de Cima, da II Distrital, depois de ter passado pelo Azurva e Eirolense.
Como faz anos hoje, um grande abraço de Parabéns e um Bem Haja por este momento!

Nao temos fotos deste nosso compatriota, mas para nao haver dúvidas que nao somos criativos a ponto de inventar umjogador, aqui está a prova:


segunda-feira, outubro 25, 2010

A Playlist

Os novos talentos musicais desabrocham em programas de TV, depois de mergulhar contentores de adolescentes várias vezes por dia numa infusão de Lady Gaga + Mickael Carreira + Morangos com Açúcar prescrita pelos pais e educadores. E o país parece estar bem servido, avaliando pelas filas e filas de jovens desocupados que sonham trocar os cadernos pelos palcos com a complacência desses mesmos pais e educadores. Vai haver milhões de vocalistas bem-sucedidos, fugindo dos horrores do karaoke directamente para a capa das revistas. É o que lhes está prometido. E nós podemos não sair nunca da crise e estarmos para sempre dependentes das capacidades concretizadoras do Hélder Postiga, mas, pelo menos, estaremos cheios de estilo e saberemos como animar uma noite na praia junto a uma fogueira.

Já os velhos talentos musicais encontram-se, não na M80 que passa metade do seu tempo com conversa e publicidade de chacha, mas sim no futebol português, mormente na alaranjada II Liga. É verdade.

E há clássicos para todos os gostos. Começando logo pelo Rei. Sim, ele vive. E nós vimo-lo, incomodando avançados com os cotovelos em Santa Maria da Feira. Quando ginga as suas pernas, ele leva a transição ofensiva do adversário ao delírio. Quando pára e observa a multidão em êxtase, isso não significa que está a sentir a audiência, mas sim que está com enormes cãibras. Pois é, a idade não perdoa e a picanha antes dos jogos também não. Não acreditem quando ele diz “love me tender”, porque este menino é capaz de partir uma dúzia de tábuas seguidas só com a cabeça.
Na mesma equipa, podemos encontrar o alegre Mika, um tipo saltitão, deveras irritante com o seu falsete e que faz amigos com as borboletas. Quando a táctica passa por desconcentrar o adversário (i.e., o famoso “jogar no erro do adversário”), Mika é o nº1 – não há ninguém que o ature quando ele começa com aquelas cenas do “love, love me”. Nove em cada dez expulsões dos adversários em jogos do Feirense ocorreram por agressões a Mika. A outra expulsão foi a de João Pereira e não se deveu a nenhuma antipatia especial contra o Mika, mas sim ao seu feitio formatado no Casal Ventoso. Mika confessou-nos que o seu ídolo era o elefante Dumbo, por ser terno e carinhoso e outras mariquices do género, e que sabia que o Dumbo já tinha jogado em Portugal. Desapontámo-lo quando dissemos que Karagounis já cá não joga.
Movendo-se por paisagens mais alternativas, eis Beck. Não confundir com Bock, esse é um primo afastado que é um Super avançado das divisões inferiores, um senhor imperial na área, apreciador da pressão intrínseca destes escalões e que deixa um rasto de espuma de golos atrás de si. Este Beck é pau para toda a obra: faz rap, toca country, executa carrinhos arriscados, organiza a primeira fase de construção ofensiva com a cabeça levantada, ouve Sonic Youth e gosta de jogar ao meiinho nos treinos, mesmo quando fica no meio durante um treino inteiro. Porém, tanta polivalência tem os seus custos: quando as coisas correm mal, é o primeiro a ser acusado de “loser”. Até quando não joga. Que é o que costuma acontecer. “So why don’t you kill me?”, pergunta Beck em desespero. Bah, ainda não tivemos pachorra para te liquidarmos, só isso.
Na nossa proposta musical há evidentemente lugar para as baladas de amor, de maneira a chamar o mulherio para as bancadas. Representante do romantismo italiano, Ramazotti encanta as senhoras com a sua voz nasalada e a maneira escandalosa, mas altamente sensual, de desperdiçar golos com a baliza aberta de uma forma que até faz o Nuno Gomes corar de vergonha. E olhem que com as conversas que ouve no cabeleireiro já pouco faz corar o Nuno Gomes. Ramazotti estava na shortlist de aquisições do Gil Vicente, juntamente com Margão e Cimarron, e acabou por ingressar no clube apenas porque o acaso o quis. “Sono cose della vita”, confidenciou-nos.
Bom, mas também há espaço para a canção portuguesa. E enquanto aguardamos por alguém que jogue a médio-defensivo no Trofense que se chame Nel Monteiro e por algum Zé Cabra que desponte como extremo no Penafiel, já não é nada mau podermos partilhar momentos de fervor amoroso com Toy, a sirene humana de Setúbal. E também um avançado da egrégia geração encanada, “La Quinta del Pepa”, que contou com o próprio Pepa, este Toy, aquele Rui Baião, aqueloutro Mawete Júnior e o indistinto Tote. O Toy cantor desabafava que estava “estupidamente apaixonado” mas este Toy não demonstra paixão nenhuma. Pelo menos, por aquele espaço limitado por dois postes e uma barra, com redes ao fundo a decorar. Digamos que este Toy tem estado “estupidamente desapaixonado” em relação ao golo. E isto tem-se manifestado recorrentemente ao longo da sua carreira. Ou seja, esta é a verdadeira “Toy Story”.
PS – Decerto que toda a gente já constatou que Hélder Postiga, na realidade, não existe:
existe apenas um clone do Matt Bellamy dos Muse que faz uma perninha no Sporting. Espero que compreendam agora a falibilidade do suposto ponta-de-lança. Ele não quer golos, ele quer é Grammys. Ponto.

terça-feira, outubro 12, 2010

Todo o Cuidado é Pouco

Se passeássemos pela cidade berço nos inícios dos anos 90, algumas cautelas teriam de ser observadas. Nomeadamente:
- não podíamos carregar objectos cortantes nem artefactos explosivos;
- recipientes contendo mais de 100 ml de líquidos não poderiam ser transportados connosco;
- era forçoso evitar contacto ocular directo com Bené e Jorge.
As duas primeiras medidas foram tão célebres que, passados alguns anos, todas as companhias de aviação acharam graça e adoptaram-nas como suas; todavia, as gentes de Guimarães já há muito tinham abandonado essas práticas por ser virtualmente impossível controlar os destemperados Insane Guys.
Onde a porca torcia o rabo era mesmo na terceira medida.

Bené possuía um aspecto sinistro a que nem faltava uma perturbante cicatriz debaixo do olho. O olhar esgazeado, a forma carniceira como se lançava de pitons em riste sobre os adversários, as cabeçadas extemporâneas. Bené era para ter sido o assassino de uma sequela de Halloween, mas gostava mais da realidade como defesa-central. Uma vez houve um adepto que protestou contra a forma como Bené deixou fugir o jogador que marcava à zona num canto e Bené sacou de um bisturi para o disciplinar. Valeu o Luís Freitas Lobo para dizer que a responsabilidade pela marcação ao avançado era do segundo ponta-de-lança que devia ter recuado para compensar a subida dos centrais, o adepto retractou-se e coisa ficou por ali. Mas Bené não esqueceu e ainda hoje se queima com cigarros acesos quando se recorda desse infame episódio.

Jorge era a cara chapada de um ex-presidiário. Alguém que fugiu de um estabelecimento prisional num carro da lavandaria, ou que degolou alguns guardas prisionais na sua fuga com uns lençóis atados através da janela cujas grades foram desgastadas por uma lima escondida dentro do bolo de aniversário trazido pela sua prima, ou por intermédio de um túnel escavado com uma colher durante anos. A sua alcunha era “167-716”, ou simplesmente “o Metralha”. Detestava o Sporting, por ter equipamentos às listas horizontais que recordavam-lhe o presídio. Dentro de campo era inflexível. No balneário ninguém queria tomar banho ao lado dele e foi na sua altura que se começou a generalizar o uso de gel de banho em detrimento do sempre fugidio sabonete. Nunca sorria. Era de poucas palavras. Quando abria a boca, era para afugentar os avançados com o seu bafo indescritível: o bafo de Jorge era o Chanel nº5 do pivete.

Porém, nem tudo era má cara em Guimarães. Três simpáticos africanos faziam o contrabalanço com a sisudez de Bené e Jorge. M’Bouh era um gajo cinco estrelas. Uma pessoa perguntava-lhe “Ó meu, queres vir connosco?” e ele “M’Bouh, M’Bouh!”. Nunca dizia que não. N’Dinga dispensava apresentações, de tão carismático que era este zairense. Com uma expressão tranquila e uma calma que transpirava sapiência, N’Dinga foi o guru espiritual vimaranense na transição da década. E para Basaúla, todo ele sorrisos e gargalhadas que perfaziam o dobro do volume das suas tímidas orelhitas, nunca havia stress, a vida era para curtir.
Com estes três não havia problemas de relacionamento, de tão bem dispostos que eram. Até porque mal compreendiam o português e quase ninguém falava o basaa ou o kituba. O mais fácil era comunicarem com djembés e danças exóticas que acabavam invariavelmente com uma lança espetada no relvado.

Mas com Bené e Jorge era complicado. Ziad deixou uma vez uma nota de mil escudos escondida debaixo das caneleiras no balneário e quando regressou já lá não estava. Lavado em lágrimas, queixou-se ao presidente. Chegou Pimenta ao Machado do dirigente, que ordenou aturado inquérito para apurar responsabilidades. Duas pessoas desapareceram, outras duas foram assaltadas e várias receberam ameaças telefónicas à sua integridade física e à dos seus. Ziad deixou de marcar golos durante semanas, psicologicamente devastado. Finalmente, a época acabou. Bené e Jorge foram oficialmente dispensados, mas há quem diga que violaram a sua liberdade condicional e foram recolhidos pelas autoridades. Ziad recuperou, enfim, os seus mil escudos. E foi feliz para sempre, marcando golos atrás de golos e deixando para trás o velho trocadilho jornalístico que lhe ensombrou durante o jejum de golos: “mais uma tarde aziaga para Ziad”.

sábado, outubro 02, 2010

A arte de voar e a protecção...

Que grande imagem.
É um pássaro? Um avião? Um papel do lixo a voar pelas ruas? Um macaco?

Não! É Luís Manuel! Guarda redes do Sporting de Espinho. 1996-1997.
E neste imagem leva com um biqueiro de Mário Jardel, Mário Jardel, Mááário Mááário´Máaario Jardel, Mário Jardel, Mário Jardel, Mááário Mááário´Máaario Jardel,
Desculpem, entusiasmei-me, senti-me um Juve Leo de cachecol ao peito... mas sem estupefacientes no bolso!
Carlos Carvalhal, muitos anos antes de estar sentadinho a comentar na TV, protege as suas partes baixas, porque Luís Manuel a voar como estava nao era para brincadeiras...
Mesmo assim, Carvalhal optou por fechar os olhos, para não ver caso acontecesse alguma catástrofe.

Ah, o FCPorto ganhou 2-0 neste jogo. No tempo de Oliveirinha e companhia..

terça-feira, setembro 28, 2010

A Temática do Dirigismo

Basicamente, podemos encarar o dirigismo desportivo de duas formas.

A primeira é levar as coisas em esforço.
Eis o exemplo acabado: Óscar Rocha, líder da Comissão Executiva do Santa Clara. Falar em “Comissão Executiva” dá imediatamente a ideia de que a vocação do homem não é propriamente ser presidente de um clube de futebol. Uma “Comissão Executiva” faz lembrar uns tipos que se organizaram para arranjar o baile lá da terra. E o pobre Óscar ficou com a responsabilidade de gerir os fundos da quermesse porque era o mais hábil a contar notas de 10 euros e a organizá-las numa caixinha de cortiça, longe do olhar dos bêbados que cirandam à volta do bar com as suas Zundapps barulhentas.
No fundo, dirigir um clube de futebol não é com ele. A expressão diz tudo. Aturar empresários. Planear orçamentos. Aturar egos. Escolher treinadores. Aprovar jogadores da shortlist. Atender telefonemas. Sentar-se ao lado de outros dirigentes que cheiram mal só para parecer cordial. Reunir com tipos que passam o tempo todo a palitar os dentes e a falar da arbitragem, “a porcaria da arbitragem anda a perseguir-nos”. Sofrer a contestação dos adeptos que não percebem nada de contas mas sabem muito bem ver que o passivo está alto. “Nem cum orde do padre cura era capá de meter o passive assim!”, protestam os micaelenses, em arrazoados imperceptíveis. E depois é vir ao continente de 15 em 15 dias e enjoar ao viajar de avião, esperar intermináveis horas em aeroportos e descobrir que as suas vacas já não dão leite e ele nem sequer pode pensar nos seus problemas pessoais. Uma chatice. Uma tarefa hercúlea. É de pôr os bofes de fora. É de suar em bica. É exigir paciência de chinês.
Bom, mas não sejamos totalmente injustos, que Óscar Rocha tem experiência de dirigente no hóquei em patins açoriano. O que é fantástico, dado que maior parte das pessoas nem sonha que possa haver patins nos Açores.

A segunda forma é levar as coisas com naturalidade.
E Isidoro Sousa (Olhanense) personifica essa confiança. Ou melhor, o excelso bigode de Isidoro Sousa transpira, para além de resíduos gordurosos e vapores etílicos, uma enorme dose de determinação. O bigode de Isidoro é uma espécie de último reduto da resistência masculina lusitana, ora convertida a um deserto de metrossexualidade impregnada de geles e loções. Já não há gente nem bigodes assim no nosso futebol. Isidoro é “one of a kind”. “Desenrascanço” é o seu nome do meio. Se os outros andam de BMW e chauffeur, Isidoro circula com o braço dependurado no seu Ford Escort de 1984 pela Riviera algarvia; se os outros andam em spas, Isidoro frequenta o Festival do Marisco e bate records de minis emborcadas numa só noite; se os outros falam em “project finance” e “emissão de obrigações convertíveis”, Isidoro fala em “arranjar uns trocos junto dos industriais conserveiros da região e quem sabe sacar um patrocínio jeitoso à marca de gelados com sabor a sardinha assada”; se os outros tentam ser diplomatas e arranjar as palavras certas, Isidoro não terá pejo em mostrar os pêlos do peito e largar uns sopapos nos oponentes. É por isso que Isidoro revela todas as condições para emparelhar com esse grande mito dos tempos modernos, o verdadeiro Viriato do gangsteirismo que é o Rocha, o saudoso Rocha do Duarte & Companhia.

Bom, mas há sempre uma terceira via, sempre na voga. E essa é a de adoptar uma postura paternalista, distante mas omnipresente, nem bem aqui nem bem ali mas também sim e muito pelo contrário. Digam-me lá se o mui afamado Vítor Magalhães (Moreirense) não se parece com um senhor que até ganhou um determinado concurso aqui há atrasado e que tem nome de utensílio culinário. Até a cair da cadeira o jeitinho é semelhante.

domingo, setembro 26, 2010

Há jogadores em baixo ... de forma..

E também há clubes em alta e em baixo de forma, como parece estar este ano o Braga.
Domingos deve andar a fazer contas à vida, já que nao estava tão em baixo há mais de um ano.
Noutros tempos, documenta o nosso repórter secreto, estava em baixo e parecia achar piada...
Jorge O Bicho Costa, por outro lado, estava calmo e sereno por cima... com as duas mãos a controlar quem estava por baixo. Deve certamente lembrar-se desta foto quando agora se vê por cima de Domingos no campeonato, algo raro desde que são treinadores. Diria mesmo inédito..
Aloísio, além de estar debaixo de Jorge Costa, ainda tinha que ouvir os gemidos de Domingos! Por isso, tentava tapar a todo o custo os ouvidos.
E assim se treinava nos anos 90..!

terça-feira, setembro 21, 2010

Uma Pollga Destas Merece Sobrancelhas A Condizer

Caros apaniguados, quando lerem estas linhas provavelmente o prazo de validade da Pollga que estava do lado direito já expirou (partindo do pressuposto que a viram). O que vem muito a propósito, dado que a carreira da musa inspiradora deste nome, o eterno ex-campeão do mundo Anderson Polga, parece também padecer da mesma maleita.
E eis os resultados finais:
66 tristes diabos ousaram clicar num botãozinho de forma mais ou menos aleatória, alguns talvez mais que uma vez, imbuídos de um fervor de contornos Ultra. Dá mais ou menos uma pessoa por cada dia e meio. Pode parecer pouco, mas desafiamos a U. Leiria a lançar uma iniciativa semelhante no seu estádio e logo comparamos.

(Num aparte, continuamos a exortar os fiéis devotos da nossa SAD a visualizar o vídeo imediatamente abaixo do dístico “Caixa de Gorjetas” – nem precisa de ser até ao fim – para assim contribuir com míseras décimas de cêntimo para os nossos depauperados cofres. Eu, por exemplo, prometi a mim mesmo que só voltaria a comprar uma pastilha Gorila – tutti-frutti – assim que a SAD começasse a dar lucro e agora falta-me qualquer coisa para colar sob o tampo da mesa.)

Há mais adeptos a gostar dos textos que das fotos ou vídeos, que são janotas, sim senhor, mas não são o ponto mais forte da SAD para quase ninguém. Isto porque a maioria da massa associativa também tem essas cadernetas e Cadernos d’A Bola e trabalha melhor com Photoshop, embora seja mais preguiçosa. Há ainda dois furiosos anti-SAD e para esses encontro uma explicação: um é adepto do Gil Vicente e não gostou da associação nauseabunda que fizemos ao mítico Adelino Ribeiro Novo e o outro era o Calado.
Muito curiosa foi a resposta de 13 pessoas que declararam anonimamente juras de amor à nossa Direcção, indo ao ponto de despirem os seus soutiens só para nós (era isso que estava em causa; se não leram com atenção, paciência). A todas vós, meninas, agradecemos e reiteramos a disponibilidade para um table dance privado e confidencial, nas nossas ou nas vossas instalações – mandem-nos um mail e fotografias de corpo inteiro para avaliarmos as vossas capacidades técnico-tácticas.
Sublinho, meninas; Rochembacks, apesar dos seus seios tamanho > 38 e, eventualmente, um bom pontapé-canhão , não serão bem-vindos.

O vencedor incontestado é, claramente, a última opção: o “I don’t care and I don’t give a sh*t”. A nossa massa associativa é maioritariamente resultadista e não interessa o quão adornada seja a jogada, desde que a bola seja posta lá dentro; não importa que tentemos sair a jogar de cabeça levantada, interessa é que o jogador não passe se a bola já lá vai; e é imperioso que a bola vá para as couves se estamos a ganhar por 1-0 a cinco minutos do fim. E nesse espírito, queria presentear-vos com um dos melhores cromos da temporada, o distinto Matias Oliver:
É do Santa Clara e tem tudo para ser uma estrela brilhante na constelação Draskovikiana dos avançados com pouco faro pelo golo mas muito instinto cromático. Desde o facto de ser conterrâneo do Maxi Bevacqua, passando pela tímida mullet completamente outdated e acabando na tentativa de alcançar o patamar monocélhico de S. Exa., D. Jaime Cerqueira, exibindo duas tão frondosas quanto arquitectónicas sobrancelhas.
É esta a forma que temos de dizer “obrigado” a todos os nossos associados. E reiteramos que o nosso povo merece mais e melhores cromos.

domingo, setembro 19, 2010

Mundo de Aventuras

Boavista ou Ban? A eterna dúvida. João Loureiro levou ambos aos píncaros e depois deixou-os em ruínas. Como um meio-campo calcado por outro Loureiro, o selvagem Luís. E em ambas as tarefas passeou o seu estilo. Apreciemo-lo, então.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Uma conversa de balneário

Todos os anos sai para as bancas o Caderno d'A Bola, mítica e reputada publicação de Verão. Era ver os jovens agarrados à revista para saber as contratações, ver as caras e guardar um ou mais ídolos na sua gaveta. Hoje com a internet essa mística perdeu-se...
Lançou-se entretanto a revista do Record, também a do O Jogo, e agora é o Jornal de Notícias, Público..etc tudo lança o seu "Caderno d'a Bola".
Mas ali para os lados de São Pedro do Sul saiu um caderno local, com fotos e plantéis da zona de Viseu.
E numa dessas equipas, neste caso o Sampedrense passou-se uma conversa de balneário muito interessante que a nossa fonte e enviado especial passa a relatar.


Jogador 1 (não posso citar nomes) :

 " Ei
Viste por aí o meu

?

Jogador 2 (continuo a não poder citar nomes): " Não pá, nao vi nada. E achas quem sim? Não ando praí a olhar para ti. E além disso, não consigo vê-lo, nao ves que eu sou um gajo alto e tu és

 
Jogador 1 novamente: "Ó pá nao te armes em



Jogador 2 : "Ei, Man, já encontrei!!

(e com uma voz anasalada, da gripe apanhada no balneário o jogador grita)
Tá gui, tá gui, encontrei-o!

Jogador 1: "Ah, ok. Onde o viste?"
Jogador 2: "Estava debaixo do bigode do mister.. sabes como ele é, ele controla tudo.. basta ver a cara dele de guitarrista Guns'n'Roses mas sério..


Por aqui se vê que o ambinete no balneário é excelente! Isto sim, é espírito de equipa!!

quinta-feira, setembro 09, 2010

Rua Sésamo Em Belém

As coisas já não são o que eram em Belém. Quer dizer, os pastéis continuam saborosos e as bancadas estão cada vez mais desertificadas, tudo bem; mas… e o departamento jurídico? Meus amigos, que falha foi aquela? Um ano sem lutar entre carimbos e declarações na secretaria? Mas o que é que foi isso? Então não se arranjou uma declaração de insuficiência financeira de um rival qualquer por baixo da mesa? Não houve uma inscrição irregular descoberta por portas travessas? Deveras lamentável. Estes tipos já não sentem a camisola das impugnações como antigamente. Com juristas a folgar desta maneira, como será possível alguém sonhar com a manutenção? Era metê-los a treinar no pinhal e a levantar pesos feitos com o Código Civil para ver se aprendiam. E até o presidente já foge à imagem do Velho do Restelo; contra todas as previsões, é um tipo que ainda cheira a pó de talco, quase como o Villas Boas, e tem muito mais pinta de queque do que de pastel. Está visto que chegou o tempo das crianças com cabelo alourado e tiques aristocráticos ao futebol.
E por falar em cabelos, esta é capaz de ser das poucas áreas em que o Belenenses pode fazer a diferença este ano. Os cabeleireiros de serviço estão a caprichar e prometem lutar pelo título internacional de MOH – Most Outrageous Haircut. Atentem, por exemplo, na anarquia capilar de Romário.

Romário não estava satisfeito com a poupa ligeiramente amadeixada executada pelo seu cabeleireiro. Segundo Romário, ainda não era aquilo que pretendia para ganhar bolas no jogo aéreo e não era suficientemente original. Então necessitou de um retoque, ou seja, a instalação de uma segunda poupa atrás da poupa original: um apoio aerodinâmico à laia de um F1 que lhe permite ganhar centímetros aquando dos ocasionais chuveirinhos e, simultaneamente, uma sentida homenagem ao seu grande ídolo Poupas.
Quando viu o resultado, o Fredy não se quis ficar. E vai daí, tumba, espetou um tufo de carapinha no meio da cabeça.

O imaginário da Rua Sésamo está cá, em grande. Fredy respeita imenso o Egas e fez questão de o demonstrar. Mas quem estava ao lado sentiu-se humilhado. E esse alguém era Pelé, para quem Fredy era um ídolo. E digam o que disserem, uma equipa que tem Pelé e Romário tem de se comportar com estilo. Pelé não foi de modas e replicou o penteado ultrajante de Fredy, conferindo-lhe apenas um toque um pouco mais piramidal. Por outras palavras, o Egas ganhou o seu Becas.

Assistindo a tudo, alheio a estas disputas, Zazá fazia beicinho. Resmungava o senegalês, “bah, 1,2,3 cabelos de gajos que não jogam com o baralho todo”. Mal sabia ele que estava a dar corpo a outra sósia da Rua Sésamo. Sim, o obsessivo e vampiresco Conde de Contarr.

Vamos aguardar. O campeonato do MOH está claramente ao alcance, mas se calhar o melhor é também preparar os jogadores para um casting para a Rua Sésamo caso as coisas corram menos bem. Para já, fica a faltar um tipo de cabeleira e barba para fazer de Ferrão ou um tipo com os olhos a abanar tipo Monstro das Bolachas.
Pensando bem, o melhor era irem buscar o Rodrigo Silva, que na sua melhor fase cumpria os requisitos do Monstro das Bolachas, para além de passear um cabelo capaz de ajudar ao título de MOH. E se ele fosse do Belém, também equiparia com a mesma cor de pele do Monstro das Bolachas. Seria ouro sobre azul.

segunda-feira, setembro 06, 2010

El Caudillo

Muita gente possui esse inexplicável fascínio pelos grandes líderes, fossem eles D. Afonso Henriques, Churchill ou o Rebelo do Est. Amadora.
Em termos futebolísticos, os líderes podem ser reconhecidos pela inteligência ímpar no relvado e pela beleza que emprestam ao jogo, recolhendo desta forma o adulo da crítica. Luís Freitas Lobo, por exemplo, tenta conter gemidos de intenso prazer quando observa os grandes líderes do meio-campo em acção. “Vejam bem como o nº6 circula a bola pela intermediária [transpiração; coloca a mão no bolso]… notável visão do jogo e passes na diagonal que se traduzem em notáveis transições ofensivas [calores internos; aperta com força para reprimir]… é… [sustém o suspiro para não se denunciar em frente do microfone]…fan..tÁAAAHstico…”. Aliás, esse grande chefe tribal que foi André também gostava de apertar genitais, especialmente os dos outros (não é, Jorge Couto? – o Youtube pode não se lembrar, mas a gente sim). São fantasias que devemos respeitar.
Já aos olhos do adepto comum, o líder normalmente sobressai se evidenciar uma grande disponibilidade física, voz grossa e olhar de mau – que frequentemente consubstancia dentro das quatro linhas. È aquele de quem o público diz “O quê? Meteu-se com ele? ‘Tá f****o, o gajo vai mandar-lhe uma paulada que ele nem se mete em pé… e ai do árbitro que faça alguma coisa”. PUMBA! “Eu não disse? Ele é o chefe, pá. E limpinho, nem amarelo viu”. O cúmulo da supremacia será a posse de um bigode, o qual, hoje em dia, identifica logo um titular de um cargo hierárquico relevante na estrutura de uma equipa.
De uma forma ou de outra, o que não tem faltado para aí são líderes. Chefes absolutos ou razoavelmente magnânimos. Que se impõem pela força ou pela inteligência. Ou mesmo tipos que nem sabem ao certo o que é ser líder, mas que dizem que são líderes porque é fixe ser-se líder, como o Caneira. Mas agora vai haver o líder definitivo, um chefe sob todas as formas, o homem que vai mexer os cordelinhos de toda a equipa e despertar os mais óbvios trocadilhos jornalísticos quando dispuser toda a sua qualidade no rectângulo de jogo, aquele que nasceu para comandar e que carrega no nome a sua missão:

Está encontrado o Grande Líder do Povo Leixonense. E que, infâmia das infâmias, é proveniente do rival Leça, o mesmo Leça que foi berço de líderes históricos, como Alfaia, Constantino ou Serifo. Que não subsistam dúvidas: este homem nasceu mesmo para mandar. A vida dos leixonenses só tem agora um rumo: trabalho, trabalho e mais trabalho, rumo à libertação (que é como quem diz, sair da liga do sumo de laranja para ir para liga do sofá + cerveja). Talvez algumas horas extraordinárias sejam necessárias. Dias santos só quando ele faltar. Curvai-vos perante ele, ó servos.

sábado, agosto 21, 2010

Estrella Pop

Já sabíamos que André de Villas e Boas era assim um bocado a atirar para o aristocrático. E que aristocracia a sério só mesmo na Velha Albion. Mas só agora descobrimos que o gosto pelo luxo e a tradição o levaram a imitar na perfeição um grande nome da música britânica – sim, esse grande ídolo que é o Rick Astley.
Antes de lhe surgir a primeira borbulha e de descer as escadas para ver se o Bobby Robson tinha Clearasil (aquilo dos relatórios era apenas para meter conversa), o menino Villas Boas, com dez cândidos aninhos, dedicou-se de corpo e alma a cantar em frente ao espelho o “Never Gonna Give You Up”, movendo as suas ancas como se estivesse a fugir a sete pés do Sporting, forçando a voz impúbere a atingir níveis de inusitada gravidade para a sua idade e, claro, espetando o seu cabelo para ficar com aquela popa ruiva tão característica. Por exemplo, utilizando um gel Shockwaves, colheita de 1987 (ou seja, uma espécie de cola misturada com cimento com textura semelhante à do azeite), ou esticando a cabeça de fora em viagens a mais de 100 km/h na auto-estrada, qual canídeo, para que o cabelo ficasse tipo serapilheira eriçada. Os resultados foram avassaladores, como se pode constatar.
Para todos aqueles que julgam que o discurso do menino Villas Boas é mera petulância, dêem-lhe um desconto: o puto ainda julga que é mesmo uma estrela pop.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Ludemar... quem?

Pois é, aposto que nem o Anthcouet e o Neca se lembram do Ludemar.
Reforço do Belenenses em 2002/2003 vindo do Náutico.



Com esta bela fronha, nao admira que tivesse tido problemas disciplinares um ano mais tarde no Leiria! uuuuuuuuuuuhhhhhhhhh... medo Ludemar!
Ainda por cima partilhou o balneário com um gajo chato , sempre a cantar, como o Helton. Um defesa que só pensava em ter fitinhas na cabeça e em jogar futebol de praia,de seu nome Bilro.
Um maluco como o Peixe, um Otacílio na sua melhor forma, um Maciel que lhe escapava como uma enguia, no balneário, entre um sabonete e um frasco de gel. E ainda um Douala que nao se decidia entre skinhead, tranças, cabelo amarelo, rapado...etc..
Um gajo dá em doido!!
Ludemar, estamos contigo..!! mesmo que agora jogues no Barra do Garças, de uma região recôndida do Brasil.

sábado, agosto 14, 2010

A Quadratura do Círculo

A geometria está em todo o lado nos nossos campos de futebol.
E não falo do mais óbvio que são as marcações do rectângulo, o grande círculo, a meia-lua, etc.
Nem sequer estou a falar do losango do Paulo Bento, ou do "losângulo", se vos soa melhor; nem do Angulo, nem tampouco do Ciel, que parece que cai redondo com frequência à porta dos bares.
E é possível dar aplicações muito peculiares à geometria do futebol.



Eu estou a falar de Mbesuma.

























A Zâmbia polvilha-nos de quando em vez com saborosos pedaços de fauna fuebolística. Como essa pepita chamada Kalaba. E, claro, Mbesuma. Este tímido, mas disforme, zambiano que passeou o seu vistoso crânio pelo Funchal era como que um milagre geométrico que teria certamente deslumbrado os antigos egípcios, tão excepcional era o formato da sua cabeça.


Peguemos então num círculo...















... adicionemos o quadrado humano que era a cabeça do Mbesuma...























... e o que temos?
























Exacto, a Quadratura do Círculo.
Esse programa tão ilustre. Que parece estar tão longe do Mbesuma e no entanto está tão perto.
E, coisa disforme por coisa disforme, talvez o Mbesuma já pudesse substituir o Pacheco Pereira.
Aposto que não passaria tão despercebido como passou nos relvados.
































































































































































































quinta-feira, agosto 05, 2010

A Família das Aves

As fotos de família são geralmente pictogramas de elevado grau de pureza cromática. Porém, esta não contém grandes pontos de interesse. Mas, também, o que se espera em plena silly season?
Não, esta não é uma equipa blockbuster. Isso era o Tirsense, o seu rival, que ainda chegou a contar com Rashiid Daoudi, Giovanella, Goran, Paredão, Siasia, Toninho Cruz e o minúsculo Caetano. Isso sim, era um elenco de estrelas e com propensão para grandes efeitos especiais. O Tirsense era muito mais porreiro que o Aves, que dava nas vistas apenas por ter o Professor Neca ao leme. E logo uma temporada inteira, se fosse preciso. Ou durante várias temporadas. Aquela gente sofreu.
E com isto acabei de ser considerado persona non grata na Vila das Aves. É mais um local que tenho para riscar do meu mapa de Portugal. Com tantos riscos, acho que já só posso passear tranquilo em Fornos de Algodres. Como se aquilo tivesse algo de jeito para se ver... Pronto, agora já nem em Fornos de Algodres. Talvez ainda possa ir a Sernancelhe, então.
Retomando a foto, talvez estejamos a desmerecer o carisma inigualável do Professor Neca. Ele era a verdadeira alpista do Aves e até subiu o clube de divisão nesta época. Mas ainda iria a tempo de o descer outra vez no futuro, como quem diz “Estão a ver? Quem sabe, não desaprende”. Se calhar, também não devíamos olhar de relance aqueles sujeitos fardados à civil que posam orgulhosamente junto dos discípulos de Neca, de camisas abertas, ou de óculos escuros ou com simples t-shirts que realçam a volumetria do seu tecido adiposo. Nem menosprezar aquele bigode do sr. dirigente. Imagino que seja dirigente. Pela gravata e pelo bigode. O bigode não é um ornamento utilizado em vão – quem o nutre, nutre-o porque sabe que tem um status para cuidar. Mas este dirigente seria, no máximo, o segundo elemento mais importante do clube. Porque onde está Neca nada medra acima dele. E abaixo dele tudo se torna medra.
Acho que me tornei disléxico algures na última frase.
Depois há alguns pormenores igualmente simpáticos. O primeiro da fila de baixo, do lado esquerdo, cultiva uma pose blasé, do género “estou-me a lixar para o que vocês pensam” e teima em manter as mãos mais próximas do seu abono de família do que em cima dos joelhos, como todos os outros. Na mesma fila, o 3º elemento a contar da direita está nitidamente apertado e com dificuldades em arranjar espaço. Podia ser uma indisposição intestinal momentânea, mas cremos que ele era mesmo o elo mais fraco, o que ficava a aquecer toda a segunda parte e se preparava para entrar quando o árbitro dava o jogo por terminado. E na fila de cima estão dois símbolos: o central duradouro que foi Paulo Alexandre, na sua época de exílio de Chaves. Pensava ele que era pouco, no fundo era só tirar o “ch” e estaria em casa. Mas as coisas não foram assim tão lineares e ao fim de uma época voltou, acometido por terríveis cólicas de saudade, para o seu aconchego natural. Jurou que “Aves nunca mais”. Até baniu os canários e periquitos lá de casa. A outra figura, lá no canto superior direito, é o Vieira, a torre barbuda, o homem que um dia marcou um golo pelo Famalicão nas Antas e com isso despoletou nos adeptos portistas uma forte necessidade de agasalhar os elementos da comunicação social presentes nessa noite fria com calorosos pontapés e cuspidelas aquecidas. O típico “one-goal wonder”.
Neste plantel estavam ainda o goleiro Cândido, Jean Paulista, Nenad e Naddah. De quem ninguém sabe Naddah. Para dizer a verdade, isso também não interessa para Naddah.
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